Aquele Pote velho de barro
Só antigas lembranças me traz!
Ficava lá na casinha dos fundos
Em cima de uma mesa de madeira
Já puída e gasta pelo tempo.
Água fresquinha da fonte
Convidando pra beber...
O pote ficava em destaque
Sempre a nos observar!
Sua tampa, um prato velho
Verde cor de limão!
Que guardava um copo de alumínio amassado
Limpo e reluzente
Areado por nossa Mãe.
A cozinha era simples e pequena
No canto um fogão de lenha...
Sempre com achas na brasa estalando
E a fumaça branca subindo...
De cócoras ali ficava nosso pai a assobiar
Esperando pra jantar
Arroz requentado e ovo frito não podia faltar!
Do lado uma prateleira antiga
Para os pratos descansar...
Um banco tosco de madeira
Pra metade dos filhos assentar.
Nossa Mãe sempre na cozinha
A organizar, comidas e mais comidas
Pois eram dez filhos pra "tratar".
Ficava aquele cheiro gostoso, nos chamando para entrar.
E o pote ficava velho ficava ali
Anos e anos a nos observar
Calado, esperando ... para nossa sede saciar!
E agora o tempo passou, passou ...
Aquela cozinha ficou só na lembrança
Mas o Pote Velho viajou
E na minha casa se aninhou.
Ganhando destaque na sala
Virou relíquia querida
Um tesouro quase infinito .
* Nair Nunes
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