sábado, 20 de janeiro de 2018

O POTE VELHO

Aquele Pote velho de barro
Só antigas lembranças me traz!
 Ficava lá na casinha dos fundos
Em cima de uma mesa de madeira
Já puída e gasta pelo tempo.

Água fresquinha da fonte
Convidando pra beber...
O pote ficava em destaque
Sempre a nos observar!

Sua tampa, um prato velho
Verde cor de limão!
Que  guardava um  copo de alumínio amassado
 Limpo e reluzente
Areado por nossa Mãe.

A cozinha era simples e pequena
No canto um fogão de lenha...
Sempre com achas  na brasa estalando
E a  fumaça branca subindo...
De cócoras ali ficava nosso pai  a assobiar
Esperando pra jantar
Arroz requentado e ovo frito não podia faltar!
 Do lado uma prateleira antiga
 Para os pratos descansar...
Um banco tosco de madeira
Pra metade dos filhos assentar.

 Nossa Mãe  sempre na cozinha
A organizar, comidas  e mais comidas
Pois eram dez filhos pra "tratar".
  Ficava  aquele cheiro gostoso, nos chamando para entrar.

 E o pote  ficava velho ficava ali
Anos e anos a nos observar
Calado, esperando ...  para nossa sede saciar!

E agora o tempo passou, passou ...
Aquela cozinha ficou só na lembrança
Mas o Pote Velho viajou
 E na minha casa se aninhou.
 Ganhando destaque na sala
Virou relíquia querida
Um tesouro  quase infinito .



* Nair Nunes





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